Revisão
de Sociologia – Prova Recuperação 3º Ano 2018
Material de Apoio para Estudos
Temas:
Cultura
Industria Cultural e
Sociedade de Massas
Cidadania e sociedade
contemporânea
Racismo e
Preconceito
Textos:
O ser humano é único em
sua essência. Ele tem personalidade própria, necessidades que o motivam e medo
das mudanças repentinas. E é justamente isso que nos faz tão diferentes uns dos
outros e com uma visão de mundo totalmente diversificada.
Alguns pesquisadores se interessaram em estudar o ser humano para entenderem
pouco melhor essa diversidade. Um desses estudiosos foi Abraham Maslow, que
desenvolveu a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas. Ele explica em
suas pesquisas que os aspectos motivacionais das pessoas estão diretamente
ligados ao entendimento das necessidades humanas. Portanto, motivação é o
resultado dos estímulos que agem sobre as pessoas levando-as à ação. Ou seja,
para que haja ação ou reação, é preciso que um estímulo seja implementado, seja
decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Por isso, o
ser humano tem a necessidade de ser aceito socialmente (no trabalho, na
escola/faculdade, nos grupos de amigos etc.), de ser amado, reconhecido, de
pertencer e fazer parte de algo, de ser notado positivamente, de ser útil, de
atender a suas necessidades fisiológicas, de segurança, de autoestima e de
autorrealização.
Na virada do século XIX para o século XX, o mundo ocidental
conheceu uma nova forma de produção cultural. O método de produção em larga
escala, difundido por Henry Ford, começou a se estender. Os avanços
tecnológicos possibilitaram o surgimento de novas formas de expressões
artísticas e o estabelecimento de novas relações entre o público e a arte.
O cinema, por
exemplo, é uma dessas expressões. A gravação de determinada sequência de cenas
pode ser copiada e o filme pode ser visto por diversas pessoas em diversos
lugares do mundo. É certo que essa possibilidade de alcançar muitas pessoas é
boa. Porém, alguns filósofos perceberam que havia algo não tão positivo nessa
nova realidade. Os filósofos alemães, Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor
Adorno (1903-1969), observando esse novo momento do fazer artístico, cunharam o
termo “indústria cultural”.
Leia completo no link: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/industria-cultural.htm
As
sociedades humanas sofrem constantes modificações culturais ao longo do tempo,
que podem ocorrer de forma rápida ou lenta. Isso significa que a humanidade
caracteriza-se não pela estabilidade social/cultural, e sim por sua capacidade
de mudar constantemente. Esse processo é conhecido como mudança social que é
“toda transformação, observável no tempo, que afeta a estrutura ou o
funcionamento da organização social de dada coletividade e modifica o curso de
sua história”. São diversos os fatores que contribuem para a mudança social/cultural,
podendo-se destacar: os geográficos, os culturais, os socioeconômicos, os
biológicos, os tecnológicos e os políticos.
Estudos sobre cultura
demonstram que a sociedade pode ser vista como fruto de uma natureza histórica,
uma ordem em movimento, em que o equilíbrio é sempre instável em face da sua
constituição na ordem organizacional e inserção numa ordem maior, a ordem
mundial (Silva e Nogueira, 2001). A cultura de uma sociedade, mesmo assumindo
características enraizadas ao longo do tempo e transmitidas de geração para
geração, estará em constante evolução devido ao relacionamento entre os indivíduos
na organização que compõem, na sociedade e no contexto mundial. Em seu cerne
antropológico, cultura é definida como o resultado de um processo contínuo e
dinâmico de construção e reconstrução da realidade por meio da interação
social, da qual surgem esforços para a satisfação das necessidades básicas do
ser humano: necessidades biológicas (do organismo), sociais (relativas às
interações interpessoais) e socioinstitucionais, ou seja, aquelas referentes à
sobrevivência e bem-estar dos grupos (Kluckhon, 1951; Rokeach, 1973; Schwartz
& Bil - sky, 1987, 1990 apud Tamayo, 2000).
Leia esse interessante artigo completo no link a seguir: http://www.ceped.ufsc.br/wp-content/uploads/2010/01/Edicao_27_Caderno.pdf
Cultura é
o conjunto
de tradições, crenças e costumes de determinado grupo
social. Assim, a cultura representa o patrimônio social de um grupo e a soma de
padrões dos comportamentos humanos.
É a gama do comportamento de um grupo de pessoas envolvendo seus
conhecimentos, experiências, atitudes, valores, crenças, religião, língua,
hierarquia, relações espaciais, noção de tempo, conceitos de universo.
Tudo isso é repassado por comunicação ou imitação às gerações
seguintes.
Também
pode ser definida como o comportamento por meio da aprendizagem social. Essa
dinâmica faz da cultura uma poderosa ferramenta para a sobrevivência humana e
tornou-se o foco central da antropologia desde os estudos do britânico Edward
Tylor (1832-1917). Segundo ele:
"A
cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a
moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos
pelo homem como membro da sociedade".
Leia mais sobre o Conceito de
Cultura no link: https://www.todamateria.com.br/o-que-e-cultura/
Segundo Marx o homem é por
natureza um animal social pois ele nao pode ser privado de estar em sociedade.
Mas ser realmente social nao se resume apenas está em uma determinada sociedade,
ser social é ter uma unica coisa e dividir pra todos, ter tudo e querer apenas
um pouco, ser bom mais querer ser ótimo pois social é está em sociedade, mas
além de tudo é participar ativamente do grupo ao qual esta enserido.
É evidente que o homem,
muito mais que a abelha ou outro animal gregário é um animal social. O homem é
o único entre os animais que tem o dom da fala. Na verdade, a simples voz pode
indicar a dor e o prazer, e outros animais a possuem, mas a fala tem a
finalidade de indicar o conveniente e o nocivo, e portanto também o justo e o
injusto.
O homem é um animal
social, muito já se tem dito, e, por conseguinte, herói é aquele que consegue
conquistar todos os homens e fazer com que eles se tornem mais fratenos,ao
invés de bestas-feras.
O
maior conflito que um animal social pode ter é com ele mesmo. Por essa
razão, a Sociologia estuda a sociedade que formou esse indivíduo e como o mesmo
se coloca dentro dela.
Preconceito é um conceito ou uma
opinião previamente concebida. Em outras palavras, trata-se de um juízo feito
sobre um indivíduo ou grupo social antes de qualquer experiência. O preconceito
age a partir de uma simplificação, estabelecendo categorizações sociais através
da criação de estereótipos.
O preconceito funciona com base no princípio da generalização de todo o grupo
alvo de preconceito: cada um dos seus membros, indistintamente, carrega as
marcas estereotipadas que o estabelecem numa singularidade.
O preconceito
está mais relacionado ao sistema de valores do sujeito do que às
características de fato do seu objeto. Ou seja, o preconceito implica, naqueles
que o utilizam, um componente afetivo e valorativo que não é determinado pela
realidade do grupo alvo do preconceito. Por isso, o preconceito é resistente a
toda informação contraditória e exerce uma função excludente de criação de uma
identidade coletiva entre os que partilham o mesmo preconceito.
Vamos ler mais sobre o tema?
Para ver completo: https://www.passeidireto.com/arquivo/37951800/preconceito-e-discriminacao
Um dos principais equívocos sobre a sociedade contemporânea é o
argumento de que o conjunto dos meios de comunicação, a mídia, é a instituição
social mais poderosa. Fazem parte desse argumento expressões problemáticas como
“sociedade midiatizada”, “cultura da mídia” etc.
Antes
de mais nada, é preciso distinguir quais meios de comunicação possuem poder e
que tipo de poder exercem. Não há dúvida de que conglomerados empresariais como
as Organizações Globo, no contexto brasileiro, e a News Corporation, de Rudolph
Murdoch, no contexto mundial, são exemplos de instituições poderosas, que
movimentam enorme quantidade de capital, influenciam comportamentos individuais
e coletivos e agem politicamente, defendendo seus próprios interesses e os
interesses da sociedade capitalista de modo geral. De forma alguma essas
empresas podem ser consideradas como fazendo parte de uma mesma instituição
social, com todos aqueles que são produtores de mensagens e utilizam algum tipo
de recurso tecnológico.
O conceito de “indústria cultural”, ainda que tenha sido criado
por Adorno e Horkheimer na primeira metade do século passado, explica muito
melhor a atuação dos meios de comunicação do que o termo “mídia”, pois destaca
a dimensão econômica da comunicação. Adorno e Horkheimer, no livro Dialética do
Esclarecimento, publicado em 1947, já indicavam que os conglomerados
empresariais que atuam na comunicação são fundamentais para a existência da
sociedade capitalista, mas que seu poder depende do poder dos conglomerados
empresariais de modo geral.
Pode a mídia influenciar o politica, ou vice versa?
Leia mais sobre no link: https://revistacult.uol.com.br/home/midia-e-poder-na-sociedade-do-espetaculo/
Normalmente, o
autoritarismo se alicerça em dois elementos fundamentais: a ordem e a hierarquia. Ou seja, para que haja efetiva coesão social e o estabelecimento de uma
sociedade devidamente consistente, é necessário que haja ordem. E o instrumento
principal para a ordenação efetiva da sociedade encontra-se em um sólido
princípio de hierarquia.
Nesse sentido,
é muito comum regimes autoritários negarem concepções políticas associadas a
valores como a igualdade entre os homens. Pelo contrário, geralmente se percebe
a desigualdade como algo orgânico, de modo
que a concepção radical de
hierarquia é justificada como sendo um resultado natural da vida em sociedade.
E, para que se obtenha sucesso no emprego destes princípios, muitas vezes
apela-se para a supressão da participação popular na vida pública, a imposição de uma obediência incondicional e a utilização de
medidas coercitivas, com o objetivo de instaurar um ambiente de medo e de controle ordenado. Afastar as pessoas da vida política e acreditar nos instrumentos de
coerção do Estado são extremamente comuns em regimes autoritários.
Percebe-se
que o conceito de autoritarismo é bastante amplo e aplicável à um série de
contextos. É necessário, antes de mais nada, que se faça uma boa sondagem sobre
as características específicas do autoritarismo, citadas anteriormente, para
que não se crie distorções ou o se confunda com outros modelos de regime
político.