sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Revisão de Sociologia – Prova Recuperação 3º Ano 2018

Revisão de Sociologia – Prova Recuperação 3º Ano 2018

Material de Apoio para Estudos

Temas:
Cultura
Industria Cultural e Sociedade de Massas
Cidadania e sociedade contemporânea
Racismo e Preconceito

Textos:
  O ser humano é único em sua essência. Ele tem personalidade própria, necessidades que o motivam e medo das mudanças repentinas. E é justamente isso que nos faz tão diferentes uns dos outros e com uma visão de   mundo totalmente diversificada. Alguns pesquisadores se interessaram em estudar o ser humano para entenderem pouco melhor essa diversidade. Um desses estudiosos foi Abraham Maslow, que desenvolveu a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas. Ele explica em suas pesquisas que os aspectos motivacionais das pessoas estão diretamente ligados ao entendimento das necessidades humanas. Portanto, motivação é o resultado dos estímulos que agem sobre as pessoas levando-as à ação. Ou seja, para que haja ação ou reação, é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Por isso, o ser humano tem a necessidade de ser aceito socialmente (no trabalho, na escola/faculdade, nos grupos de amigos etc.), de ser amado, reconhecido, de pertencer e fazer parte de algo, de ser notado positivamente, de ser útil, de atender a suas necessidades fisiológicas, de segurança, de autoestima e de autorrealização.

Na virada do século XIX para o século XX, o mundo ocidental conheceu uma nova forma de produção cultural. O método de produção em larga escala, difundido por Henry Ford, começou a se estender. Os avanços tecnológicos possibilitaram o surgimento de novas formas de expressões artísticas e o estabelecimento de novas relações entre o público e a arte.
O cinema, por exemplo, é uma dessas expressões. A gravação de determinada sequência de cenas pode ser copiada e o filme pode ser visto por diversas pessoas em diversos lugares do mundo. É certo que essa possibilidade de alcançar muitas pessoas é boa. Porém, alguns filósofos perceberam que havia algo não tão positivo nessa nova realidade. Os filósofos alemães, Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1903-1969), observando esse novo momento do fazer artístico, cunharam o termo “indústria cultural”.

As sociedades humanas sofrem constantes modificações culturais ao longo do tempo, que podem ocorrer de forma rápida ou lenta. Isso significa que a humanidade caracteriza-se não pela estabilidade social/cultural, e sim por sua capacidade de mudar constantemente. Esse processo é conhecido como mudança social que é “toda transformação, observável no tempo, que afeta a estrutura ou o funcionamento da organização social de dada coletividade e modifica o curso de sua história”. São diversos os fatores que contribuem para a mudança social/cultural, podendo-se destacar: os geográficos, os culturais, os socioeconômicos, os biológicos, os tecnológicos e os políticos. 

Estudos sobre cultura demonstram que a sociedade pode ser vista como fruto de uma natureza histórica, uma ordem em movimento, em que o equilíbrio é sempre instável em face da sua constituição na ordem organizacional e inserção numa ordem maior, a ordem mundial (Silva e Nogueira, 2001). A cultura de uma sociedade, mesmo assumindo características enraizadas ao longo do tempo e transmitidas de geração para geração, estará em constante evolução devido ao relacionamento entre os indivíduos na organização que compõem, na sociedade e no contexto mundial. Em seu cerne antropológico, cultura é definida como o resultado de um processo contínuo e dinâmico de construção e reconstrução da realidade por meio da interação social, da qual surgem esforços para a satisfação das necessidades básicas do ser humano: necessidades biológicas (do organismo), sociais (relativas às interações interpessoais) e socioinstitucionais, ou seja, aquelas referentes à sobrevivência e bem-estar dos grupos (Kluckhon, 1951; Rokeach, 1973; Schwartz & Bil - sky, 1987, 1990 apud Tamayo, 2000).
Leia esse interessante artigo completo no link a seguir:  http://www.ceped.ufsc.br/wp-content/uploads/2010/01/Edicao_27_Caderno.pdf

Cultura é o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Assim, a cultura representa o patrimônio social de um grupo e a soma de padrões dos comportamentos humanos.
É a gama do comportamento de um grupo de pessoas envolvendo seus conhecimentos, experiências, atitudes, valores, crenças, religião, língua, hierarquia, relações espaciais, noção de tempo, conceitos de universo.
Tudo isso é repassado por comunicação ou imitação às gerações seguintes.

Também pode ser definida como o comportamento por meio da aprendizagem social. Essa dinâmica faz da cultura uma poderosa ferramenta para a sobrevivência humana e tornou-se o foco central da antropologia desde os estudos do britânico Edward Tylor (1832-1917). Segundo ele:
"A cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade".
Leia mais sobre o Conceito de Cultura no link: https://www.todamateria.com.br/o-que-e-cultura/

Segundo Marx o homem é por natureza um animal social pois ele nao pode ser privado de estar em sociedade. Mas ser realmente social nao se resume apenas está em uma determinada sociedade, ser social é ter uma unica coisa e dividir pra todos, ter tudo e querer apenas um pouco, ser bom mais querer ser ótimo pois social é está em sociedade, mas além de tudo é participar ativamente do grupo ao qual esta enserido.

É evidente que o homem, muito mais que a abelha ou outro animal gregário é um animal social. O homem é o único entre os animais que tem o dom da fala. Na verdade, a simples voz pode indicar a dor e o prazer, e outros animais a possuem, mas a fala tem a finalidade de indicar o conveniente e o nocivo, e portanto também o justo e o injusto.

O homem é um animal social, muito já se tem dito, e, por conseguinte, herói é aquele que consegue conquistar todos os homens e fazer com que eles se tornem mais fratenos,ao invés de bestas-feras.

O maior conflito que um animal social pode ter é com ele mesmo. Por essa razão, a Sociologia estuda a sociedade que formou esse indivíduo e como o mesmo se coloca dentro dela.


Preconceito é um conceito ou uma opinião previamente concebida. Em outras palavras, trata-se de um juízo feito sobre um indivíduo ou grupo social antes de qualquer experiência. O preconceito age a partir de uma simplificação, estabelecendo categorizações sociais através da criação de estereótipos. O preconceito funciona com base no princípio da generalização de todo o grupo alvo de preconceito: cada um dos seus membros, indistintamente, carrega as marcas estereotipadas que o estabelecem numa singularidade.
O preconceito está mais relacionado ao sistema de valores do sujeito do que às características de fato do seu objeto. Ou seja, o preconceito implica, naqueles que o utilizam, um componente afetivo e valorativo que não é determinado pela realidade do grupo alvo do preconceito. Por isso, o preconceito é resistente a toda informação contraditória e exerce uma função excludente de criação de uma identidade coletiva entre os que partilham o mesmo preconceito.
Vamos ler mais sobre o tema?

O preconceito se refere a opiniões e posturas que alguns membros de um grupo mantem em relação a outros. A discriminação pode ser vista em atividades que desqualifiquem os membros de um grupo de oportunidades abertas a outros Preconceito nada mais é do que uma avaliação feita precocemente, ou seja, antes de saber do que se trata realmente. Existem dois tipos de preconceito: o positivo e o negativo. O preconceito positivo é realizado quando temos uma visão favorável ao avaliado e negativo quando a visão é desfavorecedora. A discriminação é um produto do preconceito, pois quando é feita a primeira visão do outro individuo e não nos agrada começa a ocorrer a discriminação.
Para ver completo: https://www.passeidireto.com/arquivo/37951800/preconceito-e-discriminacao  

Um dos principais equívocos sobre a sociedade contemporânea é o argumento de que o conjunto dos meios de comunicação, a mídia, é a instituição social mais poderosa. Fazem parte desse argumento expressões problemáticas como “sociedade midiatizada”, “cultura da mídia” etc.
Antes de mais nada, é preciso distinguir quais meios de comunicação possuem poder e que tipo de poder exercem. Não há dúvida de que conglomerados empresariais como as Organizações Globo, no contexto brasileiro, e a News Corporation, de Rudolph Murdoch, no contexto mundial, são exemplos de instituições poderosas, que movimentam enorme quantidade de capital, influenciam comportamentos individuais e coletivos e agem politicamente, defendendo seus próprios interesses e os interesses da sociedade capitalista de modo geral. De forma alguma essas empresas podem ser consideradas como fazendo parte de uma mesma instituição social, com todos aqueles que são produtores de mensagens e utilizam algum tipo de recurso tecnológico.
O conceito de “indústria cultural”, ainda que tenha sido criado por Adorno e Horkheimer na primeira metade do século passado, explica muito melhor a atuação dos meios de comunicação do que o termo “mídia”, pois destaca a dimensão econômica da comunicação. Adorno e Horkheimer, no livro Dialética do Esclarecimento, publicado em 1947, já indicavam que os conglomerados empresariais que atuam na comunicação são fundamentais para a existência da sociedade capitalista, mas que seu poder depende do poder dos conglomerados empresariais de modo geral.
Pode a mídia influenciar o politica, ou vice versa?
Normalmente, o autoritarismo se alicerça em dois elementos fundamentais: a ordem e a hierarquia. Ou seja, para que haja efetiva coesão social e o estabelecimento de uma sociedade devidamente consistente, é necessário que haja ordem. E o instrumento principal para a ordenação efetiva da sociedade encontra-se em um sólido princípio de hierarquia.
Nesse sentido, é muito comum regimes autoritários negarem concepções políticas associadas a valores como a igualdade entre os homens. Pelo contrário, geralmente se percebe a desigualdade como algo orgânico, de modo que a concepção radical de hierarquia é justificada como sendo um resultado natural da vida em sociedade. E, para que se obtenha sucesso no emprego destes princípios, muitas vezes apela-se para a supressão da participação popular na vida pública, a imposição de uma obediência incondicional e a utilização de medidas coercitivas, com o objetivo de instaurar um ambiente de medo e de controle ordenado. Afastar as pessoas da vida política e acreditar nos instrumentos de coerção do Estado são extremamente comuns em regimes autoritários.
Percebe-se que o conceito de autoritarismo é bastante amplo e aplicável à um série de contextos. É necessário, antes de mais nada, que se faça uma boa sondagem sobre as características específicas do autoritarismo, citadas anteriormente, para que não se crie distorções ou o se confunda com outros modelos de regime político.