Material de Estudo Especial: Feudalismo e Idade
Média
O origem do Feudalismo ocorre entre os
séculos IV e V, o sistema atravessa toda a Idade Média. O fim deste
ciclo, na saída da Idade Média, está no Século XV. Durante o Feudalismo a mobilidade social era praticamente inexistente. O indivíduo nascia e
morria na mesma camada social: era senhor ou servo por toda a vida, com raras
chances de modificar sua condição social.
1.
No topo da sociedade feudal encontramos os senhores feudais, a camada dominante, e na sua
base, os servos, a camada produtiva.
2.
O senhor feudal ou suserano (rei, nobre ou alto
clero) tinha a posse legal da terra. Isso lhe conferia domínio sobre todos e
sobre tudo o que se encontrava dentro de seu feudo.
3.
Os servos (camponeses) formavam a
maioria da população do feudo. Não tinham a propriedade da terra e estavam
presos a ela por uma série de obrigações devidas ao seu senhor. Embora não
pudessem ser vendidos, como se fazia com os escravos no mundo antigo, não
podiam abandonar a terra sem a permissão do senhor.
Para mais veja o link: https://blogdoenem.com.br/feudalismo-idade-media/
Com
a expansão do feudalismo por toda a Europa Medieval, observamos a ascensão de
uma das mais importantes e poderosas instituições desse mesmo período: a Igreja
Católica. Aproveitando-se da expansão do cristianismo, observada durante o fim
do Império Romano, a Igreja alcançou a condição de principal instituição a
disseminar e refletir os valores da doutrina cristã.
Para
mais veja o link: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/igreja-na-idade-media.htm
Ao
refletirmos sobre tantas imposições e impostos, pagos pelos servos, inferimos
que as relações de servidão não consistiam em uma fácil rotina nas vidas dos
camponeses medievais, mas, sim, em pesados tributos pagos com suor e sangue,
por esses camponeses aos nobres.
A palavra feudo é de origem
germânica e seu significado está associado ao direito que alguém possui
sobre um bem, geralmente sobre a terra.
O
feudo era a unidade de produção do mundo medieval e onde acontecia a maior
parte das relações sociais. O senhor do feudo possuía, além da terra, riquezas
em espécie e tinha direito de cobrar impostos e taxas em seu território.
O
feudo era cedido por um poderoso senhor a um nobre em troca de obrigações e
serviços. Quem concedia a terra era o suserano e quem a
recebia era o vassalo. O vassalo, por sua vez, podia
ceder parte das terras recebidas a outro nobre, passando a ser, ao mesmo tempo,
vassalo do primeiro senhor e suserano do segundo.
O
vassalo, ao receber a terra, jurava fidelidade a seu senhor. Esse juramento era
uma espécie de ritual que envolvia honra e poder: o vassalo se ajoelhava diante
do suserano, colocava sua mão na dele e prometia ser-lhe leal e servi-lo na
guerra.
Representação de um suserano e seu vassalo.
Os
suseranos e os vassalos estavam ligados por diversas obrigações: o
vassalo devia serviço militar a seu suserano, e este proteção a seu vassalo.
Pode-se dizer que não havia quem não fosse vassalo de outro.
Veja mais em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/medieval/p1.php
Entre
os anos 1000 e 1350, a lepra se desenvolveu na Europa. As vítimas sofriam
lesões na pele, deformações e perda das extremidades. As pessoas eram isoladas
e sofriam muito preconceito. Nessa época, muitos centros para leprosos foram
criados, e a Igreja Católica controlava os doentes, sustentando que as lesões
eram sinais de impureza religiosa. O doente identificado recebia uma
cerimônia religiosa, a ‘missa dos leprosos’, em que ganhava trajes
especiais e um instrumento sonoro para anunciar sua chegada a lugares públicos.
"Uma verdadeira perseguição aos leprosos ocorreu na
época. Como a lepra não é uma doença altamente contagiosa, achamos que
muita gente que tinha doenças de pele foi rotulada como tendo lepra",
explicou Stefan Ujvari.
A pior de todos os tempos: a peste negra
Pior epidemia da história da humanidade segundo o
infectologista, a peste bubônica matou um terço da população europeia. Com
início em 1347, a doença se espalhou rapidamente, seguindo as rotas marítimas.
Em 1348, a doença já havia atingido as áreas mais densas
dos mundos cristão e muçulmano. A peste chegou num momento de crise agrária e
fome. Por volta de 1350, toda a Europa central e ocidental tinha sido afetada.
Após essa grande epidemia, a doença não desapareceu e continuou provocando
surtos de tempos em tempos.
Os sintomas da peste bubônica são mal-estar, febre, dores no
corpo e inchaços do tamanho de um ovo, conhecidos como bubões. A coloração
azulada que dá o nome à doença, ocorre pela falta de oxigenação da pele, pela
insuficiência pulmonar.
Ratos com pulgas contaminadas pelo bacilo foram um grande
fator de disseminação da peste na época. Segundo escreveu Ujvari em seu
livro "A História e suas epidemias", "as epidemias
encontram terreno propício nas regiões com aglomerações populacionais e
condições precárias de higiene, em que ocorre grande proliferação de ratos
dividindo espaço com os homens.”
Para mais sobre epidemias: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1101132-16107,00-NA+HISTORIA+DAS+EPIDEMIAS+ATE+SALMONELA+JA+FOI+GRANDE+VILA.html
As relações
de suserania e vassalagem, representadas pelo compromisso de fidelidade entre nobres e
que implicava direitos e obrigações recíprocas, são aquelas que ocorriam
durante o período da Idade Média (século V ao século XV) marcada pelas relações feudais,
ou seja, estavam inseridas no contexto do feudalismo.
Assim,
enquanto os suseranos eram os nobres que doavam as terras (até mesmo castelos),
os vassalos, protegidos por eles, representavam os nobres que recebiam as
terras e em troca, cuidavam e protegiam delas ao mesmo tempo que serviam os
suseranos de diversas maneiras, sobretudo, para serviços militares, com o
intuito de defendê-lo em tempos de guerra.
Note que um vassalo, podia tornar-se suserano no momento em que
doassem parte de suas terras a outro nobre e assim, por diante, formando uma
grande rede de relações entre suseranos e vassalos.
Em resumo, as relações de suserania e vassalagem possuíam um
teor cooperativo, as quais representavam um pequeno e importante sistema sócio
econômico da época, ou seja, eram de ordem direta e pessoal e visavam a aliança
nas relações econômicas e sociais entre os nobres.
Durante
feudalismo, os reinos europeus não contavam com um governo forte e
centralizado. Os reis não tinham um poder efetivo sobre todo o reino, pois a
base do poder político estava ligada à posse da terra. O poder político
dividiu-se entre os senhores feudais, proprietários da terra que governavam
seus feudos de forma independente. Em cada feudo, o senhor feudal era a
autoridade máxima. Tinha poderes de administrador geral, juiz e chefe militar.
De
fato, o comércio perdeu bastante espaço nesse contexto. No entanto, as poucas
trocas comerciais que aconteciam se davam através das trocas naturais. Gêneros
agrícolas eram raramente utilizados para a obtenção de ferramentas ou outros
tipos de alimento em falta em determinado feudo. Somente com o incremento das
atividades agrícolas e o crescimento demográfico que o quadro da economia feudal
sofreu as primeiras transformações responsáveis pelo surgimento de uma classe
de comerciantes burgueses.
Os
camponeses eram os constituintes da base da sociedade feudal. Mesmo compondo a
expressa maioria da população medieval, esses eram subordinados à autoridade
dos grandes proprietários de terra pelo sistema de servidão. Na condição de
servos, esta classe de camponeses devia realizar todo o trabalho agrícola
responsável pelo sustento de todas as ordens feudais.
Durante o
período medieval a economia se ruralizou, com o feudalismo.
A Igreja, antes concentrada nas cidades, foi obrigada a se deslocar para o
campo, onde os bispos e abades se tornaram senhores feudais.
A Igreja se tornou a mais poderosa instituição feudal, foi
acumulando bens móveis e imóveis por meio de doações feitas por ricos
aristocratas que se convertiam e por alguns imperadores.
Para ver completo o artigo: https://www.todamateria.com.br/igreja-medieval/
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