sábado, 4 de agosto de 2018

Revisão de História: Feudalismo/Idade Média, Cruzadas e Reforma Protestante



TEXTOS (Não estão organizados cronologicamente):


Feudalismo/Idade Média


A estrutura básica da sociedade feudal exprimia uma distribuição de privilégios e obrigações. Caracterize as três "ordens" (clero, nobres e servos), isto é, camadas sociais que compunham essa sociedade.

Ordens sociais (camadas da sociedade) e suas funções:

Clero

Esta ordem social era composta pelos integrantes da Igreja Católica (padres, bispos, monges, abades e papa). Cabia ao clero, na sociedade feudal, cuidar da vida espiritual de toda sociedade. Embora a função desta ordem fosse rezar, exercia influência política, moral e psicológica na sociedade.

Nobres (guerreiros)

Ordem composta por senhores feudais e cavaleiros (guerreiros). A função dos integrantes desta ordem era garantir a proteção da sociedade, utilizando de recursos militares. Concentravam poder em função da propriedade de terras, além de exercer o controle da justiça (no caso dos senhores feudais). Moravam em castelos, com suas famílias, que eram verdadeiras fortalezas militares.

Camponeses (servos)

Estavam presos às terras dos senhores feudais, através de obrigações em forma de prestações de serviços e de pagamentos de impostos e taxas. Compunham a grande maioria da população feudal. Dificilmente um servo tinha condição de sair de sua condição de vida. Eram os que trabalhavam de fato, para sustentar as outras duas ordens, pois os integrantes do clero e os nobres não pagavam impostos.

A condição subordinada dos servos camponeses se mantinha estável na medida em que existia um forte discurso religioso que justificava essa condição. Para a Igreja, as condições de vida servis eram o simples resultado dos desígnios divino. Dessa maneira, os camponeses acreditavam que as penúrias da vida cotidiana pudessem ser futuramente recompensadas pelo conforto de uma vida nos céus.

 Os famosos senhores feudais ligavam-se consigo de modo que travavam relações de suserania e vassalagem (o suserano oferecia terras à proteção de um vassalo, e este as recebia estando na obrigação de cuidá-las e de auxiliar ao seu suserano em guerras e pagamento de impostos). Mas, a concessão poderia ser também de exploração de direitos de pedágio em pontes ou estradas, de recolhimento de alíquotas em uma aldeia ou região, etc.


A igreja era, com freqüência, o único edifício de pedra  em toda redondeza era a única grande construção em muitas léguas e seu campanário era um ponto de referencia. Aos domingos e durante o culto, todos os habitantes podiam encontrar-se ali, e o contraste entre o edifício grandioso, com suas pinturas, talhas e esculturas, e as casas humildes em que as pessoas viviam, era esmagador.
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  A Igreja Medieval (ou a Igreja na Idade Média) teve importante papel do século V ao XV. A influência da religião era imensa não só no plano espiritual (poder religioso) como também no domínio material, ao se transformar na maior proprietária de terras, numa época em que essa era a principal fonte de riqueza e poder político.
Durante o período medieval a economia se ruralizou, com o feudalismo. A Igreja, antes concentrada nas cidades, foi obrigada a se deslocar para o campo, onde os bispos e abades se tornaram senhores feudais.
A Igreja se tornou a mais poderosa instituição feudal, foi acumulando bens móveis e imóveis por meio de doações feitas por ricos aristocratas que se convertiam e por alguns imperadores.

 Podemos ver nas heresias dos séculos XII e XIII uma tentativa de apontar os erros e os desvios da Igreja, como sua intervenção no poder secular à custa de sua missão espiritual. A natureza da sociedade feudal cristã conduzia à visão da heresia como quebra da ordem divina e social. A heresia era uma falta grave, equivalente, no plano religioso, à quebra de um juramento entre um vassalo e seu senhor, de tal modo que infidelidade religiosa e social se confundem.



  Cruzadas
  
Cruzada é um termo utilizado para designar qualquer dos movimentos militares de inspiração cristã que partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa e à cidade de Jerusalém.
Em 1095, durante o Concílio de Clermont – cidade francesa onde ocorreu a reunião das principais lideranças da Igreja – o papa Urbano II convocou os cristãos de toda a Europa para organizar um grande exército para arrancar Jerusalém das mãos dos “infiéis” muçulmanos. Além dessa motivação inicial, a Igreja teria o interesse de que o movimento fosse capaz de alargar a influência do cristianismo católico sob o Império Bizantino, região onde o cristianismo tinha se tornado livre da influência do papa

 Um dos fatores responsáveis pelo ressurgimento do comércio na Europa foram as Cruzadas, pois elas contribuíram para o restabelecimento das relações entre o Ocidente e o Oriente e para a abertura do mar Mediterrâneo aos mercadores da Europa ocidental.
Além disso com as Cruzadas, os europeus passaram a usar novos produtos trazidos do Oriente, como gengibre, pimenta, canela, cravo-da-índia, óleo de arroz, açúcar, figos, tâmaras e amêndoas. Tapetes vieram substituir a palha e o junco, usados para forrar o chão dos castelos. As sedas e os brocados modificaram as vestimentas, e espelhos de vidro substituíram os discos de metal polido usados até então.
Muitos desses produtos eram caros e difíceis de ser comprados. Por isso, alguns deles tornaram-se conhecidos como especiarias – é o caso, por exemplo, da pimenta e do gengibre.


Reforma Protestante

O surgimento de outras religiões foi uma das principais consequências da Reforma Protestante. A Reforma Calvinista na Suíça liderada por João Calvino no século XVI foi um exemplo da influência de Lutero para o surgimento de práticas reformistas contra a Igreja Católica. Posteriormente, destacou-se o Anglicanismo na Inglaterra promovido por Henrique VIII, que rompeu com o catolicismo.
Martinho Lutero promoveu através de sua reforma uma grande crise na Igreja Católica que teve seu poder diminuído com o surgimento de outras religiões. O Protestantismo, portanto, caracterizou os fiéis que não seguiam as doutrinas católicas e que deram continuidade à principal reforma religiosa realizada na Europa.

No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero, professor de teologia da Universidade de Wittemberg, afixou na porta de uma igreja daquela cidade um documento em que eram expostas noventa e cinco teses. 

Essa reforma surgiu para criticar as práticas estabelecidas pela Igreja Católica que por muito tempo influenciaram e controlaram fiéis do mundo inteiro. Entre as medidas realizadas pelos líderes católicos que motivaram a reforma destacou-se a prática da simonia, que foi o comércio de relíquias sagradas. Essas relíquias na maioria das vezes eram falsas e os fiéis compravam pensando que eram objetos utilizados por Cristo ou por algum santo.
As vendas de indulgências também se destacaram entre as práticas realizadas pela Igreja. Os líderes católicos eram seguidores da doutrina de Santo Tomás de Aquino, que defendeu a ideia de que a salvação não se dava exclusivamente pela fé, mas sim pelas boas obras. Acreditava-se, por exemplo, que o perdão aos pecados e a salvação eterna poderiam ser conseguidos através do pagamento em dinheiro, que seria destinado para financiar as despesas da Igreja.
Outro mecanismo de poder da Igreja foi o monopólio da leitura da Bíblia, que era escrita somente em Latim. A intenção era mediar o encontro dos fiéis com o livro sagrado, que deveria ser traduzido pelos padres. Dessa maneira, a Igreja evitava interpretações em relação ao texto sagrado que não se encaixavam com o pensamento do alto escalão do clero.


Em 1545, diante da necessidade de fazer frente à expansão do protestantismo e de repensar as doutrinas e práticas da Igreja Católica, o Papa Paulo III convocou o Concílio de Trento, que organizou a chamada Contra-Reforma e cujas orientações guiaram os católicos durante séculos. 

Como resposta ao movimento protestante, e também em atendimento à necessidade de adaptação aos novos tempos e de correção de algumas condutas, a Reforma Católica (Contra-Reforma) constituiu um movimento de reformulação doutrinal e administrativa no interior da Igreja. Essa nova orientação foi estabelecida pelo Concílio de Trento, assembléia de religiosos que se reuniu de 1545 a 1563. Instrumentos eficazes da Contra-Reforma foram o Tribunal do Santo Ofício (a Inquisição) e a Companhia de Jesus.

Os jesuítas são religiosos da Igreja Católica que fazem parte da Companhia de Jesus. Esta ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A Companhia de Jesus foi criada logo após a Reforma Protestante (século XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo. Portanto, esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contrarreforma Católica. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza.

Objetivos dos jesuítas no período da colonização brasileira:

- Levar o catolicismo para as regiões recém descobertas, no século XVI, principalmente à América;

- Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes europeus e a religião católica;

- Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando o avanço do protestantismo nestas regiões;

- Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.



Em nossas aulas elencamos várias diferenças entre católicos e protestantes. Fica aqui o link para vc revisar algumas delas:



  







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