terça-feira, 2 de outubro de 2018

Material de Estudo: Navegações e Ocupação da América


O plantation consistia principalmente na produção de produtos tropicais em latifúndios monocultores para o mercado externo, utilizando para isso força de trabalho escrava.

Em uma análise crítica e profunda acerca do “descobrimento” do “Novo Mundo”, podemos afirmar que ao gosto de Colombo sua maior intenção não era o enriquecimento e sim a propagação da fé cristã assim como afirma Hilário (2008, p. 64):
A ambição de Colombo não era totalmente em relação á obtenção de riquezas, embora fosse com a promessa de ouro que ele acalmava a sua tripulação e o rei da Espanha, o financiador da viagem. A expansão do cristianismo era muito mais importante para Colombo do que o ouro: [...].
Nessa perspectiva podemos afirmar que o “descobrimento” das novas terras por Colombo teve como ponto de partida o objetivo de propagar a fé cristã, na qual Colombo prometendo ao rei da Espanha, Fernando de Aragão – financiador da viagem - que traria consigo riquezas, tendo em vista o contexto histórico pelo qual a Europa passava com a crise do Feudalismo e a busca por metais preciosos era de fundamental importância para a Espanha.

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Com a entrada dos Europeus na América, dois processos de colonização foram desencadeados. O primeiro foi chamado de ‘colônia de povoamento’, onde o objetivo era desenvolver a terra com habitação, criando formas de comércio e ampliando as estruturas básicas da colônia (criação de escolas, hospitais, etc). O segundo caso são as ‘colônias de exploração’, nas quais a metrópole tem como interesse apenas explorar os recursos naturais da colônia para enriquecer e levar todo lucro a seu país de origem. Neste caso não há preocupação com a terra colonizada.
Um exemplo de colônia de exploração é o Brasil, pois a Coroa Portuguesa, percebendo o potencial de lucro dos recursos naturais brasileiros e a mão-de-obra indígena, aplicou o seguinte sistema de colonização: ocupou o país com representantes do interesse da metrópole, assim, criou leis, obrigações, impostos e instituições que somente atendiam os interesses da metrópole.
Para facilitar, uma colônia de exploração possui basicamente cinco características principais, que ficaram conhecidas por ‘plantation’.
São elas:
  1. Latifúndio, as terras eram distribuídas em enormes propriedades agrícolas.
  2. Monocultura: toda a produção era para suprir as necessidades do mercado exterior.
  3. Havia um produto principal e toda produção acontecia em torno dele (caso do açúcar, café e borracha no Brasil).
  4. Esquecimento do mercado interno, com enfraquecimento das atividades comerciais.
  5. Trabalho escravo, com utilização dos negros.

Para mais:

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens. Esta ação incrementava a destribalização e violentava aspectos fundamentais da vida e da mentalidade dos nativos, como o trabalho na lavoura, atividade que consideravam exclusivamente feminina.
Do ponto de vista dos jesuítas, a destruição da cultura indígena simbolizava o sucesso dos aldeamentos e da política metropolitana inspirada por eles. Os religiosos argumentavam que as aldeias não só protegiam os nativos da escravidão e facilitavam sua conversão, mas também forneciam uma força militar auxiliar para ser usada contra tribos hostis, intrusos estrangeiros e escravos bêbados. Entretanto, os efeitos dessa política eram tão agressivos e aniquiladores da identidade nativa que, não raro, os índios preferiam trabalhar com os colonos, apesar de serem atividades mais rigorosas, pois estes pouco se envolviam com seus valores, deixando-os mais livres.

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