sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Ladrões de bicicleta (1948)

Por Joanna Ferreira Campos


Dirigido por Vittorio De Sica, o longa trata da condição de proletariedade extrema. É o caso de Antonio Ricci, desempregado há anos (talvez há cerca de três anos, isto é, desde o final da Segunda Guerra Mundial em 1945). Na abertura do filme De Sica expõe o drama social do desemprego de longa duração que atinge larga parcela do proletariado italiano no pós-guerra. A Itália é um país capitalista de economia desestruturada pela derrota na guerra mundial. Não há geração de vagas de trabalho e um amplo contingente está imerso na pobreza.

Um desempregado recebe uma oferta de trabalho, com a condição de ter bicicleta própria. Depois de resgatar sua bicicleta na loja de penhores, em troca da roupa de cama da família, ele começa no emprego e logo tem seu veículo roubado. O homem e seu filho então, percorrem a cidade em desespero, atrás de alguma pista: o resultado é um dos filmes mais tocantes da história. Como expressionismo alemão fez antes e depois da "Nouvelle Vague" neo-realismo italiano tornou-se uma revisão dos fundamentos do cinema.




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